Ao longo desta mesa, Fábia Lima (UFMG), Ednéia Aparecida (MNLM), Monge (Batalha Griot) debateram diferentes formas de enfrentamento à desinformação nos territórios, valorizando as redes de referência e pessoas de confiança. Com mediação de Manu São Pedro (AIC), foi debatida a experiência com a desinformação dentro do movimento Hip Hop, junto a comunidades periféricas sobre o tema da habitação, a desinformação junto aos jovens universitários e o papel da Universidade Pública para lidar com esse problema na sociedade. Os integrantes da mesa fizeram uma importante reflexão sobre as estratégias utilizadas para desmobilizar as lutas por direitos.


Enfrentamento Territorializado da Desinformação
As redes e as ruas – Fortalecer a comunicação comunitária para enfrentar a desinformação.
Com mediação de Warley Bombi (Periferia que fala), Letícia Cesarino (UFSC), Lorrayne Batista (Conecta Cabana) e Ricardo Fabrino (UFMG) refletiram sobre a importância da comunicação ligada aos territórios periféricos e protagonizada por sujeitos periféricos para enfrentar as desinformações que mais atingem as comunidades. Temas como a desinformação da vida real, velocidade e o volume de desinformações que atinge quem vive ali, os desafios que enfrentam os comunicadores e a importância de uma comunicação que mistura meios digitais e contato presencial, criados a partir da originalidade de quem está nos territórios foram pontos fortes do debate.


Desinformação e Religião
Para debater os atravessamentos da desinformação nos campos religiosos, reunimos lideranças e pesquisadores de diferentes crenças. Padre Mauro (Muquifu), Patrícia Santos (pastora da Comuna do Reino), Josué Gomes (UFMG) e Luciana Oliveira (UFMG) trouxeram impactos da desinformação que faz uso de crenças religiosas para prejudicar grupos minoritários. Os integrantes da mesa também compartilharam possibilidades de diálogo e enfrentamento, no contato direto e nas redes. A mediação foi feita por Roju Soares (ECOAR).
Desinformação, comunicação pública e acesso a direitos
O fenômeno da desinformação em massa afeta diretamente o acesso da população a direitos garantidos e a diversas políticas públicas. Nesta mesa, mediada por Tiago Toth (ANEDUC), convidamos Elaine Pinheiro (CDC Morro do Papagaio), Vanessa Veiga (UFMG) e Lília Gomes (ABCPublica) para dividir a experiência nessa trincheira a partir de diferentes ferramentas, da inteligência artificial à comunicação comunitária, para refletir sobre as estratégias necessárias para lidar com essa questão. Foram discutidas as potencialidades e e dificuldades que temos hoje na comunicação pública e a relação disso com a desinformação.

Apresentações artísticas
Ao longo da trajetória do Observatório Participativo da Desinformação a arte sempre se mostrou uma ferramenta eficiente no diálogo e enfrentamento à circulação de informações falsas. No Seminário Desinformação e Território, convidamos alguns parceiros de ações para colocar o fazer artístico no centro do nosso debate. No primeiro dia, Monge e Kety MC rimaram sobre o temas relacionados à desinformação, em uma atividade desenvolvida em troca com a platéia presente no evento. No segundo dia, convidamos BS (Irineu Junior)
San 97 (Sanderson Gabriel Ferreira Silva) e Poesia (Felipe Fernandes de Carvalho), integrantes do Rima Viva Hip Hop Crew, para criar um painel de grafite que associou conhecimento, informação e cultura. Encerrando o evento, Joi Gonçalves trouxe a poesia falada para apresentar sobre a desinformação e seus impactos.
Observatório Participativo da Desinformação: Escuta, participação e modos de enfrentamento da desinformação
A revista Observatório Participativo da Desinformação: Escuta, participação e modos de enfrentamento da desinformação reúne histórico e práticas como a escuta de 96 referências comunitárias formação de jovens periféricos e lampejos obtidos pelo projeto ao longo da sua atuação colaborativa junto a diversos territórios.